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Posso dizer que há séculos andava para experimentar a famosa Cevicheria. Mas, como não aceita reservas, e é conhecido pelas suas longas filas, perdíamos sempre a vontade. Numa quinta-feira destas, consegui convencer o meu marido a irmos lá. Antes de mudar a carta.

 

O espaço é reduzido, poucas mesas e cerca de 10 lugares ao balcão, justifica um pouco o porquê da espera. À chegada damos o nome para marcar a vez e sabemos de imediato quantas pessoas temos à nossa frente, além das que estão servidas. Tempo de espera, cerca de 1 hora. O que nos encoraja a pedir o tentador pisco sour, uma bebida com espumante e outros ingredientes exóticos, que tornam o cocktail ligeiramente picante e forte, mas muito bom.

 

 

 

Para comer, ainda ponderámos a degustação, mas depois concluímos que queríamos experimentar pratos que não vinham nessa opção e escolhemos à carta.

A abrir as hostes, gaspacho de vieiras. Adoro um e adoro o outro, o que poderia resultar mal nesta combinação? Nada, estava perfeito.

 

Ficámos sentados ao balcão, se por um lado fiquei incomodada por estar mesmo de costas para a rua numa noite de vento (mesmo depois de ter pedido para trocar de lugar, já que a porta e a janela estão sempre abertas…), por outro tivemos a oportunidade de assistir ao empratamento e alguma preparação dos nossos pratos, (ainda que toda encasacada).

 

A segunda leva recaiu nos ceviches, a nossa perdição, pedimos o puro e o de atum. Este último tinha uma junção de sabores que era divinal! Mas o puro era igualmente delicioso.

 

Pedimos causa de polvo bbq. Acérrima apreciadora deste molusco, que de forma excêntrica é um dos cartões de visita do restaurante, não poderia deixar de lado esta prova. E convenceu!

 

 

Para rematar foi a causa de vieiras, igualmente maravilhoso, uma frescura e sabores indescritíveis.

 

A sobremesa, deixou-nos de água na boca quando a vimos no menu, o doce de leite, huuum, a quinoa, a espuma de avelãs, parecia bem, mas infelizmente a mim deixou-me enjoada, tem muita mistura e é muito doce (e eu adoro coisas muito doces). A apresentação é apelativa mas de resto, é too much.

 

 

A experiência foi boa, a comida é óptima, como o chef Kiko já nos habituou. O espaço está original e cosmopolita. O atendimento é simpático, mas pouco convincente.

Acho que no limite volto se um dia passar à procura de sítio para comer em que não esteja fila. 🙂

Cátia Marcelino

 

cevicheria , chefe Kiko , Comer fora , restaurante Cevicheria

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