Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo descobridor da novidade.
José de Almada Negreiros, conferência O Desenho, Madrid 1927
Pode-se dizer que este é o princípio para esta grandiosa exposição, sobre a obra e percurso do Mestre Almada. Com uma mão cheia de valências, foi pioneiro e vanguardista, um dos principais responsáveis pelo modernismo em Portugal, destacando-se no mundo artístico durante grande parte do séc. XX.
A sua postura provocante, na intervenção pública começou no inicio do século, prolongando-se no tempo, através dos seus manifestos. Grande exemplo disso é Orpheu, um dos seus grandes marcos.
Na exposição é possível acompanhar o percurso do artista, rever algumas das peças que vimos aqui, ver ensaios, estudos e experiências que nunca tinham vindo a público e descobrir outras facetas verdadeiramente reveladoras do seu talento. É possível viajar sobre a complexidade e universo que seria a mente deste génio.
Os trabalhos reflectem a proximidade que desenvolveu através da colaboração em projectos, com arquitectos, escritores, editores, músicos, cenógrafos ou encenadores.
A par da exposição decorrem outras actividades que devem consultar nesta página da Gulbenkian.
Até 5 junho 2017 – das 10:00 até 18:00.
Dos 8 aos 80 não deixem de visitar esta belíssima mostra, de um dos grandes vultos da Arte nacional, e um dos meus pintores preferidos, que também à sua maneira, incursou no estilo cubista.
Apesar das enormes filas – só à segunda tentativa conseguimos visitar a exposição – ficámos muito satisfeitos e com vontade de a rever. A mostra é bastante extensa e rica.
Ao domingo a partir das 14h é grátis, mas dada a afluência aconselho que vão noutro horário e o paguem bilhete, afinal é por uma boa causa.
Almada Negreiros , Exposição de Pintura