Comes e Bebes, Cozinha, Saber Viver
Este é um “hora do chá” especial, fora de casa, com direito a uma iguaria tradicional. Numa das primeiras tardes de Inverno fui tomar o chá com umas queridas amigas, o local escolhido foi a vila de Sintra, para nos deliciarmos com os travesseiros de Sintra.
Fomos até à Piriquita, a original estava encerrada, pelo que fomos ao segundo espaço desta ancestral pastelaria de Sintra.
Chá verde e os originais travesseiros de Sintra. Estes pastéis polvilhados têm que se comer quentinhos. São divinais, com a sua massa no ponto e recheio cremoso, que nos deixa a chorar por mais. Na verdade, apesar de serem muito famosos, até são das especialidades da Piriquita a mais recente, da altura das guerras mundiais, ao contrário das não menos gostosas queijadas, que essas sim, já contam com cerca de 200 anos.
Este pastel com a forma de um travesseiro (almofada), consiste numa base de massa folhada, cujo recheio de creme de ovo e amêndoa, tem um ingrediente secreto, que o torna único. Já provei outros e a diferença é notória. Este segredo é guardado pela família dos descendentes da fundadora, Constança Gomes “Piriquita”, apelido que lhe atribuiu D. Carlos, habitual frequentador do espaço, nome esse, que chegou até aos nossos dias.
O chá sempre sem açúcar, ajuda a digerir tamanha gulodice. Optei pelo verde, pelas suas propriedades detox e saborzinho agradavelmente intenso.
Não satisfeita, trouxe mais travesseiros para casa, para o meu maridinho.
Uma tarde bem passada, em boa companhia, no encanto de Sintra. É sempre bom voltar aqui, onde a Piriquita é paragem obrigatória.
Cátia Marcelino
Chá , Hora do chá , Lanche , Piriquita , travesseiros de Sintra