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O Mercado de Algés foi construído no início dos anos 50 e caracteriza-se por uma arquitectura tradicional do Estado Novo. Foi renovado e abriu esta semana, com novas valências e uma imagem actualizada. À semelhança de outros mercados tradicionais, foram mantidos os espaços de venda dos habituais comerciantes, mas abriram-se espaços para a restauração, dinamizando o mercado e chamando mais público ao espaço. Confesso que Algés precisava de algo assim.
Curiosa e adepta de experimentar novidades lá fui eu, ver o que há de novo no bairro e gostei.

Fomos almoçar, a escolha ainda é vasta e tudo tem um ar apetitoso. Optamos pelo “Na tábua” e pelo “Atalho”. Escolhendo salmão com queijo creme e cebolinho em bolo do caco e maminha com salada e batatas fritas, respectivamente.

O caco com salmão estava satisfatório – mas para os 7 euros que paguei, não repito este prato, talvez outra “tábua” – o molho de cebola roxa a acompanhar era bom. O “Atalho” saiu-se melhor, a carne era mesmo suculenta e estava no ponto, as guarnições igualmente saborosas – excepto aquele esparregado picante/inovador, muito manhoso – vale a pena o preço. As bebidas pedem-se à parte, e foi branco para o peixe e tinto para a carne, cerca de 5 euros por dois copos de vinho.

As outras opções são bem variadas, entre o frango, do Chicken All Around e as massas e pizzas do Pizza2. A grande novidade o Sushic. O Misterpig (com leitão), o Peixe ao Balcão (que fiquei com vontade de experimentar), a Banca do Petisco (petiscos muito apetitosos), a Doces do Mercado (doces tradicionais portugueses), a Weeel (iogurtes) e a Walkamole (comida mexicana).

 

Tem também a Artisani, além dos habituais gelados – que adoro – tem crepes e waffles para o lanche ou sobremesa. Foi lá que fui buscar a minha, bola de gelado de limão com manjericão – a minha preferida – e pastel de nata.

 

O espaço está catita, gosto das madeiras no mobiliário,dos candeeiros, dos nomes dos restaurantes todos com o mesmo lettering e apresentação. O slogan do Mercado, “comer. beber. amar” também tem piada. Só não adorei o revestimento de parede em pastilha em alguns dos espaços comerciais, em preto, branco e cinza, devia ser mais leve – numa só cor – para um sítio com tanta informação e movimento.
O espaço exterior também está agradável com bares e esplanada para momentos de descontração.

A zona da venda tradicional foi também remodelada e está com um ar todo moderninho, mas fiel às origens, dá gosto ver, tudo arrumado.

O Mercado de Algés está aprovadíssimo e pede para lá voltar, nem que seja para ir comprar umas frutas ou hortaliças de tão bonito que ficou. Aproveitem o fim de semana e passem por lá.

Cátia Marcelino

Artisani , Atalho , Comer fora , Mercado de Algés , Na tábua

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